segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Cresci - Rancore


Eu vivia em uma redoma.
Desconhecia a parte ruim.
Não sabia o que era tristeza,
Até que chegou a hora de meu grande companheiro dar adeus.
Meu querido avô carlos, foi descansar num lugar perto de deus.
Então uma tempestade se fez e alagou com todo meu jardim.

Eu chorei e chorei.
Lembro o quanto foi foda me erguer novamente.
Mas eu fui mais forte, acabei superando.
O meu corte virou cicatriz.
Eu fui mais forte, acabei superando.
Não odeio essa fase, afinal cresci.

De repente abri os olhos e percebi
Que um dia a vida acaba independentemente
Dos planos, dos cuidados especiais.
O tempo passa, a pele enruga
E o que foi já não é e nem voltará a ser.
A brisa me traz fotos cerebrais
Que eu tirei dos bons e maus momentos que vivi.
Complicada matemática que resultou em mim.
A vida me ensinou que é tão simples ser feliz.
Basta aceitar que ela é como é
E que às vezes batemos o nosso nariz.

Eu chorei,
Lembro o quanto foi foda me erguer.
Mas eu fui mais forte, acabei superando.
O meu corte virou cicatriz.
Eu fui mais forte, acabei superando.
Não odeio essa fase pois,
Pude ver e perceber que sou
Muito maior se necessitar de ser
As lágrimas se secaram,
Correntes não me prendem mais
O sufoco é fugaz...
Cresci

Quarto Escuro - Rancore



Ando insatisfeito
Com a maldita farpa
Alojada em meu peito cada vez mais inflamada
Ando muito alterado sem saber para onde correr
Fumando um "baseado" atrás do outro sem sentir prazer
Afinal quero sempre mais sempre mais
Aceitar como sou agora não me satisfaz
Eu já não sou capaz de viver em paz
Sobre minha cabeça os tetos desmoronam
Esmagam minhas crenças
Amigos me abandonam
Antes que eu me esqueça o quanto sou infeliz
O anúncio me lembra tudo aquilo que eu ainda não fiz
Afinal quero sempre mais sempre mais
Aceitar como sou agora não me satisfaz
Eu já não sou capaz de viver em paz
Eu quero sempre mais
Sempre mais
Continuo a viver
Apesar de ser assim
Chegou a minha vez
E eu vou até o fim.

A morte do sol


Certa vez um filósofo chamado Jesus afirmou que “Não é o que entra, mas o que sai da boca do homem que trás maldição para si” e vocês, caros leitores fantasmas, não sabem o quanto esta verdade me dói, fui amaldiçoado e castigado por falar verdades, acho que em alguma parte do cosmos meus raios não brilham mais, uma das luas de júpiter, a que tanto disse que nada mudaria, agora declarou sua contemplação tão negada pelo segundo sol, mais um sol que ousa me roubar aquilo que nunca tive por completo, mas mesmo assim isso me dói, uma dor estranha, uma dor que eu não deveria sentir, mas que se dane, acho que já estou muito embriagado em Nietzsche para me importar com a moral, o que tenho a dizer é que em meios as suas erupções inconstantes, até o sol sofre ao perder seu brilho, como um deus que tivera seu brilho ofuscado por um menor, embora não possa, nem em minha maior pretensão, me comparar a uma divindade, nem mesmo uma menor. Sinto a dor da perda, sinto meu coração fatigado, sedento por descanso, tudo por causa de um giro lunar, por eu sei que a face da lua já não mais contempla ao meu brilho, mas sim ao brilho do segundo que agora, para si, tornou-se o primeiro, o astro rei, e eu, a quem a lua diz dever seu brilho, sua alegria de se mostrar ao cosmos, me sinto... Meio morto, mas acho que isso é natural, uma vez que o Cristo falava sobre a maldição das palavras, acho que lancei meus raios em forma de frases que ao se refratarem na lua, a machucou, e a mesma, embora tenha detido parte do que eu disse para si, devolveu os raios que me causam tanto impacto.
Mas a quem eu, um sol, poderia se queixar a não ser a vós meus caros leitores fantasmas, às estrelas que só figuram o universo? Às luas que me chamariam de tolo e por ainda estarem providas da moral comum excluiriam a si também do alcance dos meus raios? Ou acaso, eu , meu astro rei, ousaria me abrir a outros sóis? Claro que não, caro contrario eu não mereceria o título de Sol, o iluminador, mas sim a Planeta, o iluminado, acaso tal rebaixamento me faria ter a lua de volta? Creio que não, logo, não me interessa o retorno a comunidade dos quase figurantes.
Caros fantasmas, sabeis vós que a lua está entre vós, sim ela está e lê meus textos com um misto de emoções, afinal, nada no universo é inerte, algumas vezes a lua ainda voltará a contemplar o norte em que vivo, mesmo que não possa mais sentir meus raios, certamente ainda lhe passará flashes memoriais. Talvez hoje estes flashes me façam pensar em outras luas que já não sentem o meu calor, talvez, eu ainda sinta um pouco de saudades de tais luas que hoje são estrelas perdidas na escuridão do cosmos, e que portanto, não podem mais me ver como seu provedor de luz, contudo, nunca me deixarão de ver como uma boa lembrança, como aquele quem tanto me presenteou com seus raios de sentimentos: seu calor, seu Eros, seu Kronos... e por fim, seu implacável Tanátos. Ó queridos fantasmas, se vós sabem dizer porque os dias que antes tinham cerca de 18 horas de intensa ligação entre o sol e a lua hoje só tem 57 minutos e 36 segundos? Porque sempre que o “Nada mudará” ecoa em minha cabeça me vem a certeza de que nada mais é como antigamente? Acho que é verdade que os sóis morrem, e que por fim, param de brilhar, então me digam caros leitores fantasmas, na visão da lua a quem não mais vejo, seria eu ainda um sol ou acaso seria eu apenas um reles planeta? Parmênides, acaso possa me ouvir, me diga: Eu sou o Ser ou o Não Ser?

O segundo SOL II

O segundo SOL


Engraçado como todas as coisas mudam, nada foge a ordem natural, “uma metamorfose ambulante”, “se hoje lhe tenho ódio amanhã lhe tenho amor, lhe tenho amor, lhe tenho horror, eu sou a dor”. Porque o universo dentro da casca de uma nós nunca fica inerte, tudo flutua a favor de alguma força magnética estranha. “Nada vai mudar”, como você pode me prometer tal absurdo se nada é mais como já foi um dia? Porque você permitiu a entrada do segundo sol, porque precisa realinhar a órbita de seus astros? No universo, o Sol contempla vários planetas, varias luas, e está em constante ligação com eles, quer por ondas eletromagnéticas emitidas por um sinal de satélite através de um computador, por letrinhas tatuadas no visor do celular ou pela ligação entre frases faladas na mística tecnológica do telefone, o que importa é que o Sol nunca deixa de brilhar para suas luas, então porque a lua ainda se esconde daquele que lhe provém a luz? E porque que a lua permite a entrada do segundo Sol que até pelo nome de galáxia é chamado, VIA NActea, ou Via Láctea, ou sei lá mais que tipo de apelidinhos a lua foi capaz de criar ao permitir que suas mãos ficassem presas ao raios impetuosos do segundo sol.
A palavra que define o Sol primário é ameaçado, mas como o primeiro Sol poderia competir com Júpiter, acaso este se tornasse sol, as luas giram em todo de Júpiter que agora se vê como sol, contudo, acaso júpiter poderá controlar suas chamas sem destruir as pequenas luas que começam a se envolver em sua órbita? Júpiter faz seus doces e salgados, vatapás e acarajés, e até mesmo queima rosas e jardins para proporcionar um aroma agradável à lua. Um Sol perfeito, que está perto, que não mede conseqüências, capaz de tirar vidas, como o primeiro sol poderia continuar a brilhar sem que nada mude se, mesmo sem mudança aparente, dois sóis não podem coexistir sem que haja uma rivalidade, sem que para haver uma harmonia um tenha que se conter, e como falar em harmonia e falta de mudança se a lua não será mais contemplada por um só astro a todo instante? Se a lua passa a receber calor de outros raios? Se outra voz ecoa em seu âmago?

Pra não dizer que não falei das flores!



Gente, eu to meio sem saber como transmitir o que sinto, então vou me apoderar de uma musica pra tentar me ajudar, ok?

Eu acordo já pensando em você, durante o dia a cada vez que o ar passa em meus pulmões, confiro no celular para ver se há alguma mensagem sua, eu só queria poder te sentir mais próxima a mim, poder sentir o cheiro do seu perfume, ver o brilho do seu sorriso que me faz tão feliz, como é triste a vida sem seu afago, afago esse que já tive tantas vezes quando os deuses resolvem me agraciar com o sonho do paraíso.
Mas há um problema, os deuses e seu senso de humor me deram a benção, ou maldição, de contemplar a dois sóis. As convenções atuais me irritam, se meu enganoso coração pode amar a duas estrelas, e ambas as estrelas amam minha contemplação e se fazem brilhar cada vez mais, porque então a gravidade me impede de tê-las? Não é uma questão de ser uma estrela oficial e a outra reserva, as duas brilham ao mesmo tempo, então ao mesmo tempo são belas.
Queria eu ser o pequeno príncipe que só uma flor conhecia, mas como poderia o mesmo escolher entre duas rosas de fragrâncias e tonalidades distintas se ambas o agrada, tolice, poderia o pequeno príncipe escrever tais sentimentos sabendo que a cada palavra pétalas cairiam de suas amadas rosas? Creio que não, portanto ainda não sei se este texto será exposto.
Eu não quero ter que decidir em qual caminho devo andar, nem pra qual astro contemplar, pois se Deus fez meu coração de átrios e ventrículos, e dois tipos de sangue viajam pelo meu corpo, então porque neste dividido coração não pode haver duas flores? Porque nesta alma dividida não pode haver dois encaixes?

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Liquidificadortrituradordecorações


Me sinto um liquidificador, misturando todas as emoções: AMORAMIZADEPAIXÃOAMIZADESATISFAÇÃOGOSTARDESEJOSDESEJOS³GOSTAREPAIXÃO e isso também ta me matando, Ser ou não Ser? aoieuaeoiu acho que to fincando meio louco ALGUEMDESLIGAATOMADAPORFAVOR!?. e eu ainda quero acrescentar mais coisas na tal salada, talvez eu acabe triturando o meu coração que ja ta mesmo se sentindo cansado, ou talvez meu cerebro que já ta mesmo dando defeito em meio a tanta poluição das queimadas daflorestailegaldeVeraCruz :s talvez eu morra logo e assim não precise mais rodar, rodar, radar, rdora, adorar e acabar trocando as letras de tão confuso que tudo fica do lado de fora do plastico da vida :B

Apocalipse Pessoal ou a Dor da visão do real?


vigesima tentativa de escrever algo aqui, ja tentei de coisas filosóficas e lógicas à coisas inexas e emotivas, mas nada que escrevo é satisfatório, é tudo tão.. confuso..

Tá, relatarei tudo da maneira que surgir a mente, despresando a estética..

O mundo começou a ruir sexta feira, após alguns tremores que a principio achei irrelevantes, vi que o efeito borboleta é mais real do que se imagina. É meus caros leitores fantasmas, sinto que falarei por metáforas, mas isso não é de tudo ruim, entendam. A ausência da luz causa uma imensa confusão, uma vez que nas trevas nao se vê nada, e me encontro aqui, dentro da caverna de Platão, privado da luz do dia, e na caverna me entreguei aos vícios tão temiveis por Sócrates e Aristóteles, e a outros ainda, na tentativa fálida de esquecer as sombras dançantes da cavena, bebi muito, fumei mais ainda e por pouco não cheirei tudo o que pudesse respirar, e perante a aparente paz interior, pecebi que a ilusão das ilusões é apenas uma sombra da sombra, fechar os olhos não me faz ver a luz, só me faz imaginar que não estou nas trevas.
Mas e quando, em um sábado, uma faisca brilha em meio a toda escuridão? por um breve periodo de tempo pode-se sentir a dor da ilusão e o prazer do novo, e então resta só a saudade e a curiosidade, e então outro estálo de luz no domingo, e a dor ja é menor que o prazer, e no proximo na segunda, a dor é quase nula, e na terça.. a luz se foi, nada mais brilha, mas as sombras não satisfazem mais e a dor perda me faz desejar a morte mais do que qualquer outra coisa, mesmo sabendo que em um mes ou dois, a luz voltará, a lua brilhará.
Ah, meus caros leitores, a volta aos vícios parece eminente, talvez eu consiga me destruir afinal, talvez eu queira essa destruição por pensar que a luz talvez não volte, talvez seja apenas uma ilusão de brilho, talvez o Sol não exista e o céu seja apenas uma promessa. Mas o talvez não é suficiente, as vezes acho que a duvida existencial me consome ainda mais do que meus vicios, e se a luz for a sombra da sombra da sombra, e se for uma utopia? Se for, meu primeiro post neste blog também é, e todo o resto é mera consequencia desse devaneio.